A conversa de Manuel Padeiro com o padroeiro do Blog, Santo Antônio - o homenageado do dia.
Sábado, 13 de junho de 2009, 5h. Manuel Padeiro acorda, coça a barriga, calça um chinelinho e caminha em direção ao pequeno altar, montado pela sua esposa - Maria Joana - para os momentos de oração. Já ajoelhado, ele inicia uma conversa com aquele que protege seu estabelecimento e sempre esteve ao seu lado.
- Bom dia, meu Santo Antonio. Desculpe acordar o senhor assim tão cedo, mas é que eu queria ser o primeiro a lhe dar os parabéns.
- Relaxa, Manuel. Quem disse que eu consigui dormir? Desde ontem que eu só faço apanhar das encalhadas de plantão.
- Compreendo, meu Santo Antonio. Dá para ver pela sua cara e pelas suas mãos, suas mãos abanando, que o senhor realmente comeu o pão que o diabo amassou por esses dias.
- Foi uma semana difícil. Eu sóqueria descobrir quem teve a brilhante ideia de descontar no santo o fato de não ser um bom partido. Todo ano é a mesma coisa: a tv, o rádio, o jornal, a internet, tudo ensina simpatia, ou melhor, a fazer maldade comigo.
- Santo Antônio, vou lhe dizer uma coisa: Jesus que me perdoe, mas acho que o senhor sofre mais que Ele. Até porque, ele é tirado das suas mãos mas fica numa boa. O senhor, que tem que prestar conta do herdeiro ao Todo Poderoso, é quem paga de irresponsável e ainda é torturado aqui na terra... é triste!
- Pois é meu filho, mas eu não posso reclamar. Se fizer essa queija sou punido assim na terra como no céu.
- O senhor já parou pra pensar quantos crimes o senhor é vítima por causa dessas solteironas? Sequestro relâmpago, cárcere privado, tortura, assalto, tentativa de homicídio...
- Parei para pensar sim. A minha sorte é que casamento é cada vez mais raro. Tenho fé que um dia isso acaba. Mas e o senhor, veio me pedir algo especial? Sua esposa vai bem, não?
- Vai sim, Santo Antônio. Muito obrigado. Vim fazer-lhe uma promessa: Se em 12 de junho de 2010 nosso blog tiver ultrapassado 100.000 visitas, vou distribuir pães para os pobres em sua homenagem.
- Obrigado, meu filho. Finalmente uma promessa que eu saio ileso. Boa sorte então. Preciso ir embora antes que alguma encalhada me ache e me leve a batina, a única coisa que me resta.
- Ei, mas não se saia, não... Se daqui a um ano nós tivermos menos de 100.000 visitas eu penduro o senhor de cabeça pra baixo no fio do computador.
- ....
- Ih, fugiu!
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