quarta-feira, 23 de abril de 2008

Lost


Humor negro é talvez a mais engraçada forma de humor que existe. Conseguir rir em meio a tragédias ou coisas tristes é uma das atitudes mais admiráveis entre os seres humanos e, ao mesmo tempo, é algo que os torna tão filhos da puta.

Nesse início de semana não foi diferente. O povo brasileiro, que já é filho da puta por natureza, pôde esquecer por alguns momentos o Caso Isabella e rir com a história do Padre Voador. É aquele tipo de coisa que nem o mais mirabolante roteirista conseguiria pensar.

Um padre (poderia ser qualquer pessoa, mas era um padre) chamado Aderli (poderia ter qualquer nome, mas se chamava Aderli) inventou de voar. De asa-delta, avião, balão normal? Não. Com balões de festa. Num dia normal, ensolarado, certo? Errado. Muito vento e céu nublado. Mas ele tinha aparelhos para auxiliar em seu vôo, certo? Certo. Ele tinha um GPS e dois celulares, porém, não sabia usar o GPS.

Era a clássica situação "Isso vai dar merda" e deu. O Padre Voador sumiu no mar e, dado a estupidez e a bizarrice de seu feito, não encontrei ninguém ainda que estivesse com pena de Aderli. Pelo contrário, a provável morte do Mary Poppins Tupiniquim deu aos brasileiros uma chance rara: a de praticar o humor negro sem culpa.

Por isso, nos próximos posts, eu Manuel, o Padeiro, aproveitarei para brincar também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Jogue o fermento, bata a massa e bote pra descansar. Depois leve ao forno e pronto: meta sua tabicada.